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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Exercícios Compostos = Mais Testosterona


Você já parou pensar porque existe tanto falatório a respeito dos exercícios compostos ? Ou porque todos os treinos deveriam se basear primeriamente neles ? Muitas pessoas não dão a devida atenção aos exercícios compostos e em vez disso desperdiçam um tempo precioso em exercícios isoladores. Passam horas indo de um exercício para o outro literalmente destruindo o músculo, ou ainda pior, pegam o treino de um fisiculturista profissional extremamente volumoso e pensam que podem fazer também.

Exercícios compostos não só servem para construir uma base sólida para quem quer ganhar massa muscular, eles também são conhecidos por aumentar a testosterona. Sim, o hormônio anabólico que todos nós amamos. Os movimentos compostos envolvem o uso de mais de dois grupos musculares ao mesmo tempo para realizar o exercício, e é justamente por isso que eles podem aumentar a liberação de testosterona.
Quando eu digo testosterona, eu não estou falando de esteróides anabolizantes e sim da testosterona que o nosso corpo produz naturalmente. A testosterona é o principal hormônio masculino e o principal construtor de massa muscular. Ou seja, quanto mais testosterona temos no corpo, mais o nosso corpo é capaz de construir massa muscular e ainda diminuir a gordura. Porém estudos científicos mostram que para conseguir elevar a testosterona através do treino é necessário manter alguns aspectos em mente.
Primeiramente as pesquisas mostraram que o treinamento com pesos é capaz de aumentar a testosterona, mas a quantidade que é liberada dependente diretamente de quanta massa muscular está sendo estimulada, o volume e a intensidade do treino. Simplesmente ir pra academia e levantar pesos não é o suficiente.
Quanto mais massa muscular é estimulada durante o treino, mais testosterona será liberada. Por isso o uso de exercícios compostos é a chave para elevar a testosterona no corpo naturalmente. Em um estudo feito por Kraemer et al., os participantes realizaram o supino reto e o agachamento com salto, usando carga. Houve um aumento de testosterona em ambos, porém no agachamento ocorreu uma liberação maior do hormônio, devido a maior quantidade de massa muscular sendo estimulada ao mesmo tempo.
E tem gente que não gosta nem mesmo do agachamento convencional.
Você já imaginou quanta testosterona circula no sangue de levantadores olímpicos ? Isto explica porque as pessoas não deveriam perder o seu tempo apenas com exercícios isolados como roscas, aparelho extensor e sim focar o seu tempo em exercícios compostos como agachamento, levantamento terra, supino, etc…
Mas isto não significa que você deva ir para a academia e fazer centenas de séries somente nos exercícios compostos. É necessário dosar corretamente o volume do seu treino para conseguir estimular uma maior liberação de testosterona. Apesar de um treino com volume alto aumentar a liberação da testosterona, estudos mostraram que ocorre um declínio na liberação após 45-60 minutos de treino com pesos contínuo. Aqueles que amam ficar na academia por 2 horas ou mais deveriam parar um pouco para pensar e rever os seus conceitos.
Conclusão
Para maximizar a liberação de testosterona durante o treino é necessário tornar como base os exercícios compostos. A maioria das pessoas fogem dos exercícios compostos, pois geralmente requerem mais esforço e resistência a dor (ex: agachamento e levantamento terra), mas são justamente estes que forçam o corpo a liberar mais testosterona. Tente sempre aumentar a carga principalmente nos exercícios compostos, pois a evolução nestes movimentos é o sinal mais visível de que a testosterona está aumentando e junto com a sua massa muscular.
Referências:
Hakkinen, K., A. Pakarinen Acute hormonal response to two different fatiguing heavy-resistance protocols in male athletes. J.Appl.Physiol. 74:882-887, 1993
Kraemer, W.J., K. Häkkinen, R.U. Newton, B.C. Nindl, J.S. Volek, M.C. McCormick, L.A. Gotshalk, S.E. Gordon, S.J. Fleck, W.W. Campbell, M. Putukian, W.J. Evans. Effects  of heavy-resistance on hormonal response patterns in younger vs. older men. J.Appl.Physiol. 87:982-992, 1999
Kraemer, W.J., L. Marchitelli, S.E. Gordon, E.Harman, J.E. Dziados, R.Mello, P.Frykman, D. McCurry, and S.J. Fleck. Hormonal and growth factor responses to heavy resistance exercise protocols. J.Appl.Physiol. 69:1442-1450. 1990
Volek, J.S., W.J. Kraemer, J.A. Bush, T. Incledon, M. Boetes. Testosterone and cortisol relationship in dietary nutrients and resistance exercise.  82:49-54, 1997. J.Appl.Physiol. 82:49-54, 1997.

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